quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Análise do Código de Ética

            Presente no próprio documento do Código de Ética de Psicologia, na sessão apresentação, está a significação tanto semântica quanto de responsabilidade a que esse documento está ligado, em suas palavras: “Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria. Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-culturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma profissão...” e complementa proferindo que: “... um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável no tempo. As sociedades mudam, as profissões transformam-se e isso exige, também, uma reflexão contínua sobre o próprio código de ética que nos orienta”.

            Levando em consideração o que ocorre na realidade, podemos perceber que o Código de Ética da Profissão de Psicólogo não corresponde a todos os conceitos mostrados anteriormente, principalmente no que diz respeito à clareza das ações que são e que não são permitidas e autorizadas para os psicólogos, e isso inclui documentos que podem ser emitidos, responsabilidades diante do cuidado com o outro nas diversas modalidades e escolhas da profissão, tipo de linguagem ambígua, além de outros, o que dificulta a objetividade das ações e das interpretações dos profissionais. É interessante, porém, notar que o Código de Psicologia não é de todo ruim, ele está em desenvolvimento e precisa ser melhorado em diversos pontos para que não haja problemas de qualquer natureza para a profissão, para o profissional e para os demais que se utilizam dos benefícios da psicologia.

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